28.7.10

Roberta


Menina morena e faceira.
Aos 15 anos tinha encontros com diretor do colégio em que estudava. A sala da direção era onde aconceteciam esses "encontros".
O diretor era um homem gordo que só pudia ter um carro na vida: uma pick-up. Só esse carro o suportava. Além disso, todos os anos se candidatava à politica e a cidade inteira o conhecia.
Aos 17 anos ela angravidou dele e acho que ele não soube.
Ela abortou. Aos 17 já era seu segundo aborto.
Com 18 entru em um ônibus e se mandou pra Bahia.
Lá havia uma proposta de emprego empreendedora e de sucesso esperando por ela.
Profissão?
Prostituta.
Sua mãe a procurou por dois anos sem noticias e sem seu paradeiro, até que finalmente a encontrou.
Não fazia muito tempo porém que havia descoberto onde sua filhinha estava, a pobre morreu de dengue hemorrágica.
Foi ai que Roberta resolveu aparecer, depois de saber noticias da mãe. Ficou somente pro enterro e foi embora outra vez.
Perguntada se sofria muito pela morte de sua mãe, respondeu que não. Fria e seca, como se tivem perguntado se gostava de suco de uva e respondesse negativamente a pergunta.
Torceu o canto da boca, como se nada tivesse acontecido.
Foi embora pra Bahia após o enterro. Nunca mais se ouviu falar dela.
Essa história é baseada mesmo em fatos reais.
Qualquer semelhança com nomes e fatos não será considerada mera coincidencia.
Porém, não me procupo com futuras reclamações, Roberta nunca gostou de ler mesmo.

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